quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

PROJETO: “PRÁTICAS LEITORAS ATRAVÉS DE TEXTO, IMAGEM E SOM: LETRAMENTO COM PRAZER

PROJETO AFRICANIDADE E DIVERSIDADE

Durante a IV Unidade o Colégio Felicidade desenvolveu nos ensinos fundamental  e médio dos turnos matutino, vespertino e noturno o projeto intitulado “Práticas leitoras através de texto, imagem e som: letramento com prazer com ênfase às questões étino-raciais"que sintetizamos para culminância com o título Africanidade e diversidade, como uma ação pedagógica de contemplação da Lei 11.645/2008 que determina a obrigatoriedade do trabalho com a cultura africana e afro-brasileira e indígena nas escolas da rede pública e privada;e também como uma necessidade de promover práticas leitoras entre nossos educandos, uma vez que, especialmente no ensino fundamental, há certa dificuldade em relação a leitura e a escrita.

Mesmo porque, percebemos que a comunicação humana envolve a integração de diversos recursos verbais e não verbais ( visuais, sonoros e táteis etc.) em uma dada situação de interação, os quais permitem gerar sentidos atribuídos a uma mensagem. Assim para ler um texto (verbal ou não verbal), é necessário que o leitor domine além dos recursos lingüísticos, as informações visuais tais como: nota de rodapé, palavra em negrito, listas de frases, formatação, cores, formas, texturas, tipos de fontes, jogos de sombra, luzes, sonorização, legendas, gráficos, tabelas, mapas e outros recursos, pois todos esses elementos possuem um significado específico e contribui para a interpretação do que está escrito e ou subentendido.

Contudo, esses recursos são, muitas vezes, tratados como meros itens ilustrativos, ou apêndice, e não como parte integrante do texto. Dessa forma, os alunos não são instigados a produzir e a ler esse tipo de material; e assim, não sabem como explorar seu potencial informativo.

É fato que em muitas situações de sala de aula, negligenciamos ou passamos despercebidos pelas imagens ou outros recursos sonoros, a exemplos de fundo musical, sejam elas de filmes exibidos, ou peças de teatro; na prática de textos audiovisuais - nas onomatopéias ou ruídos, nas imagens do livro didático, Propagandas, rótulos, autdoor ou até mesmo nos sites navegados, blogs visitados e ou twitter, deixando dessa forma, a oportunidade de desenvolver o olhar aguçado e critico dos alunos.

Pensando assim, notamos que em nosso espaço escolar, ainda há carência dessas práticas interativas de leitura o que dificulta um bom desempenho e rendimento nas diversas áreas do conhecimento. Atrelada constatações acima relacionadas sentimos também a necessidade urgente de efetivarmos as discussões pertinentes a cultura africana e afrobrasileira, não apenas pela obrigatoriedade da Lei 10.639/2003 alterada pela 11.645/2008 para que enquanto educadores, possamos contribuir para a elevação da auto-estima dos nossos educandos, em sua maioria negros e afrodescendentes.

Uma educação voltada para os Estudos das Relações Étnico-Raciais tem que romper com os estereótipos, as visões tradicionais e pejorativas que insistem em colocar os “escravizados” africanos e negros e afrodescendentes como sujeitos passivos desde a época da escravidão, além de que quando se trabalha com África é numa visão homogeneizante, atribuindo-se tudo de pior que existe ao continente africano: fome, pobreza, doenças, guerras, etc.

Dessa forma, é necessária a descolonização do pensamento para compreender a África com um olhar mais crítico, menos preconceituoso e que, essencialmente, parta das produções dos próprios africanos ou afrodescendentes; pois ainda predomina um olhar eurocêntrico sobre questões ligadas a cultura africana e afro-brasileira

É imprescindível trabalhar com novos territórios identitários que dizem respeito à construção da história daqueles que por muito tempo foram e ainda são excluídos da cidadania. E, a nosso ver, as políticas afirmativas cumprem esse papel, pois é a possibilidade de reconstruir a comunidade brasileira, onde as coisas boas e as oportunidades não sejam para poucos e somente para brancos, mas para todos, até porque a plurirracialidade não deve ser motivo de discriminação, uma vez que é a nossa riqueza civilizatória, pois aprendemos com as diferenças. E nossa unidade escolar é sem dúvida o,local ideal para uma educação multirracial e positiva em relação à apresentação do protagonismo de negros e negras ao longo da história, bem como das lutas que ainda hoje são travadas pelos movimentos sociais a nível local e global com o objetivo de tentar igualar as oportunidades, visando a construção da cidadania e o respeito às diferenças.

Com o desenvolvimento do projeto em questão, pretendíamos:

• Fomentar o gosto e a importância da leitura (em educadores e alunos) implementando práticas leitoras ricas, diversificadas e significativas através de textos verbais e não verbais, disponíveis na escola e no seu entorno, nas diversas áreas do conhecimento.

• Valorizar o potencial de negros e negras nas mais diversas áreas do conhecimento.

• Desconstruir estereótipos e discursos de inferiorização, passividade e indolência atribuída aos negros e afrodescendentes, além de auxiliar na elevação da auto-estima dos nossos discentes e por conseqüência o orgulho de pertencimento à identidade afrobrasileira.

• Compreender, produzir, analisar e atribuir sentidos as variadas formas de representação da informação espacial: mapas, legendas, fotografias aéreas, imagens de satélites e outros recursos;

• Analisar e interpretar gráficos, tabelas e outros recursos visuais existentes;

• Ler, compreender e interpretar as idéias e ideologias contidas nos textos visuais: charges tiras, propagandas, filmes, e textos verbais como forma de compreensão e de conhecimento do mundo que nos cerca;

• Olhar, analisar, compreender e interpretar de forma crítica a avalanche de imagens à qual estão expostos;

• Ouvir, memorizar e interpretar e fazer anotações de textos audiovisuais, os quais permitem ao estudante desenvolver competências e habilidades lingüísticas que facilitam entender a língua nas diversas situações de uso;

• Produzir textos verbais e não verbais dentro da temática das Relações Étnico-Raciais.

• Analisar o protagonismo de escravizados africanos ao longo do processo de escravidão.

• Compreender a ação dos movimentos sociais e negros no período pós-abolição como responsáveis pela inserção dos ex-escravos na sociedade através, essencialmente, da educação.

• Compreender como o pensamento eurocêntrico, pautados no racialismo e evolucionismo, contribuiu para o racismo e o preconceito ainda presentes na nossa sociedade.

• Analisar lideranças negras que exerceram papéis de protagonistas nas mais variadas áreas de conhecimento a nível nacional, estadual e local regional.

• Analisar a África como um continente rico social, política, econômica e religiosamente em detrimento de uma África midiatizada que a passa uma visão estereotipada de pobreza, doença (AIDS) e condicionada à subalternidade e selvageria.

Desenvolvemos em sala de aula atividades, como:
  Leitura, escuta de textos audiovisuais e Interpretação: poesias, Crônica, filmes, documentários, (relacionados ao tema)


 Leitura de textos imagéticos: charge, tira, cartum, quadrinho, fotografia, imagem, ilustração, propaganda, letra de música, apreciação de monólogos, relacionada ao tema

 Análise das características dos gêneros estudados;

 Produção textual: visuais e verbais

Estudos sobre:
Tráfico e escravidão na África.

 Resistência negra

 Religiões de matrizes africanas.

 Período pós abolição.

 Movimentos sociais e negros: Movimento Negro Unificado, Frente Negra, Movimento de Mulheres Negras, Movimento Negro de Jacobina.

Culminância

E na última semana de novembro, fizemos a culminância do projeto, com as produções feitas pelos educandos com a mediação dos professores, especialmente de História, Geografia, Artes e Língua Portuguesa. Foram apresentados painéis, acrósticos, poemas, crônicas, hip hop, slides, vídeos, capoeira e o desfile da Beleza Negra 2010.

As professoras Laudicéia Santos e Maria Cristina coordenaram o projeto, organizando as apresentações, contando com auxílio das professoras Simey, Ana Cristina, Normacélia, Ivone e Audiléia.

Profª Laudicéia fazendo a abertura do projeto Africanidade e diversidade no turno vespertino.


Apresentação do painel sobre religião de matriz africana: Candomblé.
Turno vespertino


Professoras Simey, Julieta e Igor: jurados da Beleza Negra- vespertino.

Candidatas a Beleza Negra do turno vespertino. 

 
Professoras Ivone e a Diretora Graciete: abertura do projeto no noturno.

Alunas do Felicidade praticantes da Capoeira

Alunos dos mestres de Capoeira: Arivaldo e Renato (alunos do Felicidade)


Apresentação da Capoeira: corpo como representação de arte, luta e resistência

Professores jurados da Beleza Negra do noturno: Zorailde, Michelle e Hebert.


Candidatas a Beleza Negra  com as professoras Derlane e Cláudia.

Candidatas: Arlinda, Tiara, Luciane, Aline, Maria Cristina, Cristiana e Janiele.


Luciane Figueiredo: Beleza Negra 2010, recebendo a premiação da Diretora Graciete.

Rainha (Luciane) e princesas (Janiele e Arlinda) e as professoras Normacélia, Laudicéia e Graciete.

Profª Maria Cristina na culminância do matutino.


Apresentação sobre a culinária afro-brasileira.


Apresentação de painéis.

Candidatas a Beleza Negra 2010- matutino- com a Profª Cláudia.



Professoras juradas: Derailde, Laudicéia e Vaneide.


Professores Fábio, Alcione, Zuleide, Sueli, Maria Cristina, Cláudia e Ana Crsitina, com as candidatas do turno matutino.


Platéia.



Entrega da premiação a Princesa.

Nailda: Beleza Negra 2010 - matutino- com os professores Fábio e Graciete.



Rainha e as princesas.


Parabéns a todos os envolvidos: aos professores que em sala de aula fizeram acontecer o projeto, a direção e vice pelo apoio (Graciete, Normacélia e Fábio), a professora Lauricéa pelo auxílio na ornamentação do palco, ao aluno Wilton, pelo apoio técnico , aos professores que atuaram como jurados:Hebert, Michele, Simey, Zoraide, Julieta, Igor, Derailde e Vaneide; aos mestres de cerimônia Fábio Gonçalo e Ivone Menezes, as professoras Ana Cristina, Simey, Sueli, Claúdia, Zuleide e Ana  que auxiliaram na organização e , especialmente, as professoras Laudicéia e Maria Cristina pelo empenho e dedicação.

É o  Colégio Felicidade buscando efetivar em parceria com educandos, educadores e a comunidade as discussões e ações referentes as questões étnico raciais, objetivando uma educação  antirracista  e inclusiva.
Agora é só aguardar 2011.

quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

PROJETO - CIGANOS: SUJEITOS DE DIREITO

CIGANOS: SUJEITOS DE DIREITO

 

O Projeto intitulado “Ciganos: sujeitos de direito” é parte do Curso Direitos Humanos e Diversidade e foi desenvolvido no Colégio Estadual Professora Felicidade de Jesus Magalhães, no turno matutino, pelas professoras Cristiane Lima Procópio, Derailde Moreira Lopes, Laudicéia da Cruz Santos, Patrícia Lago, Rosane Rosa dos Santos, Ivone Mendes de Menezes e Rita de Cássia Brasileiro, com uma turma de 30 alunos oriundos do Ensino Médio e Curso Técnico do turno matutino, com o intuito de possibilitar a desconstrução de estereótipos sobre as etnias ciganas e, especialmente, que os cursistas sejam na nossa unidade escolar multiplicadores do aprendizado adquirido durante a execução do projeto e estejam constantemente contribuindo para uma postura antirracista, de respeito e alteridade em relação aos alunos ciganos, estendendo tais atitudes para às suas comunidades e a outros ambientes por eles freqüentados.
Desenho feito pelo aluno Lenualdo.

Nossas atividades começaram no dia 11/10 quando houve uma reunião para criação dos slides para a apresentação do projeto nas ACs do dia 14/10; esta aconteceu nos três turnos do referido dia, onde fizemos a sensibilização para os docentes, direção e vice-direção do colégio, objetivando apoio e parceria, essencialmente compreensão dos professores na liberação dos alunos inscritos por sala para que os mesmos pudessem fazer atividades ou avaliações que porventura ocorressem durante a execução do projeto.

A sensibilização com as turmas dos Ensinos Médio e Técnico ocorreu no dia 18/10 onde inicialmente foi apresentado o projeto a cada turma, através de slides destacando os objetivos, cronograma, a carga horária, a relevância do tema e também a viabilidade da entrega de certificados para o enriquecimento curricular dos mesmos. Em seguida fizemos as inscrições dos alunos interessados e conseguimos contemplar alunos de todas as séries do Ensino Médio e Técnico, em média 6 alunos por sala.

A oficina aconteceu no dia 19/10, inicialmente foram dadas as boas vindas aos alunos participantes do projeto “Ciganos: sujeitos de direito”. Num primeiro momento, com o intuito de conhecer os alunos participantes, foi feita uma dinâmica de apresentação para que houvesse maior integração entre as mediadoras (docentes) e os discentes. Num segundo momento após as apresentações houve a exibição do vídeo “Dia do cigano” com o objetivo de diagnosticar conhecimentos e “preconceitos” sobre as etnias ciganas, e posteriormente a desconstrução de mitos e estereótipos.

Profª Laudicéia apresentando o projeto na oficina.

Em seguida, os alunos divididos em grupos discutiram e criaram painéis a partir de reflexões acerca do que foi apresentado e da convivência com estes sujeitos. Os painéis foram socializados pelas equipes e expostos nos murais do colégio. Para dar fundamentação teórica foi lido e discutido o texto da professora Zuleica Aparecida Bork, denominado “Ciganos à beira mar: saias ao vento, música no ar” e em seguida ocorreu a elaboração de questões com a supervisão e orientação da equipe organizadora do projeto para serem apresentadas à mesa.



Aluna Deise confeccionando painel.

Profª Rosane mediando a confecção de painéis

 
Profª Derailde mediando a confecção de painéis e aluno Joílson.

Alunos montando os painéis com as percepções em relação aos ciganos

 




Socialização dos painéis.


 

Professoras Rosane, Laudicéia, Patrícia e Derailde.


A mesa redonda que aconteceu no dia 20/10/10 foi significativa para desconstrução de preconceitos e estereótipos a respeito das etnias ciganas, uma vez que os palestrantes possuíam embasamento teórico, experiência no contato com ciganos e o pertencimento identitário a cultura cigana (no caso do professor cigano e palestrante Aderino Dourado Mota) e nesse sentido foram imprescindíveis nas informações e discussões travadas com os alunos participantes do projeto.

Assim sendo, compuseram a mesa a Professora da UNEB – CAMPUS IV Miriam Geonice Guerra, Especialista em História Oral e pesquisadora da Cultura Cigana, que discorreu sobre as teorias da origem cigana, a chegada da comunidade cigana à Jacobina, além de enfatizar o respeito pelo outro, para que as diferenças não sejam sinônimos de discriminação. Também participaram o professor, historiador e cigano Aderino Dourado da Mota, Licenciado em História e Especialista em História e Estudo da África, professor da rede municipal de Várzea Nova, que apresentou inicialmente os slides que versavam sobre “Ciganos e suas representações”, com fotos de ciganos de nossa região, especialmente de Jacobina, e discorreu de forma mais realista sobre à cultura cigana, abordando aspectos histórico, econômico, social e cultural. E, por fim, o professor Tiago Silva Almeida, graduando em História e Serviço Social que abordou a sua convivência com a comunidade cigana do bairro da Catuaba, enfatizando que se trata de pessoas amigáveis, honestas e alegres. Também abordou a questão do livro didático, uma vez que os ciganos enquanto uma minoria étnica é excluída e não aparecem nos referidos manuais.



Professora Miriam Geonice




 
Mesa redonda: ciganos em debate.


 

Professores: Miriam Geonice, Aderino Dourado e Tiago Silva.

 
Rabib (aluno cigano)

 
Luan (aluno cigano)

 
Pedro e Luana (alunos ciganos)

 
Cusistas na mesa redonda.


 

Organizadoras: Laudicéia, Patrícia, Cristiane, Rosane e Derailde; palestrantes e direção.




No turno vespertino, professores e alunos envolvidos no projeto visitaram a comunidade cigana do bairro da Catuaba, lá chegando todos foram bem recebidos na casa do patriarca da família Dourado, da etnia Calon, o senhor Zelito e por sua esposa dona Ceílde. Outros ciganos foram convidados pelo senhor Zelito, sendo estes filhos, noras, netos, e demais parentes (Gildázio, Luan, Rosânia, Aderino, Fátima, José Roberto, Rabib, Leandro e Geizan Cigano – cantor).
Durante a visitação conhecemos um pouco mais da história do grupo, que nos relatou informações desde o período do nomadismo até a fixação na cidade de Jacobina, a sua convivência com a comunidade vizinha e a sociedade em geral; e em relação ao tratamento que recebem ainda muito carregado de preconceitos e estereótipos. Houve também o esclarecimento de vários aspectos da cultura cigana e do relacionamento familiar, o dote, as atividades desenvolvidas por eles atualmente, algumas mudanças culturais que vem ocorrendo dentro do grupo. Os questionamentos foram feitos tanto pelos docentes quanto pelos discentes presentes; e em muitos momentos os ciganos falavam espontaneamente sobre suas histórias, trajetórias, dificuldades e vitórias. Eles enfatizaram muito atitudes preconceituosas que muitos deles sofrem pela sociedade local, em função do desconhecimento e desrespeito a tal cultura.


Alunas na visitação à comunidade cigana:Rute, Misiane, Deise e Sabrina

Sr Zelito relembrando sua infância.

 
Leandro, Rabib e José Roberto

 
Família cigana: Aderino, Fátima e Rafael.
Leandro e Rabib.

 
Professora Rosane na visitação à comunidade cigana da Catuaba.


Sra Ceílde: matriarca da família Dourado da Mota.

 
Casal: Sra Ceílde e Sr Zelito

 
Profª Derailde e o casal cigano.


Alunas, Profª Laudicéia e a comunidade cigana.

 
A culminância ocorreu no dia 22/10/2010 no turno matutino, com as boas vindas aos alunos e demais professores, posteriormente houve um breve relato da experiência da visitação à comunidade cigana do bairro da Catuaba concomitante com a exibição dos slides com fotografias registradas no dia 20/10. Em seguida fizemos a avaliação do projeto, colhendo depoimentos de alunos e professores responsáveis pela organização do projeto. Pudemos constatar que grande parte dos alunos que possuíam uma visão “preconceituosa” e folclorizada sobre as etnias ciganas expuseram que a partir do projeto estão tendo uma percepção bem mais realista e menos preconceituosa, afirmaram também que puderam conhecer aspectos sobre os ciganos que desconheciam e iriam ter mais respeito pelos valores culturais e morais ciganos.




Alunas avaliando o projeto: Naíla e Iasmin

A equipe organizadora do projeto enfatizou a expectativa e a responsabilidade de que todos os cursistas sejam multiplicadores no ambiente escolar e nos seus espaços de sociabilidades fora da escola, contribuindo para posturas antirracistas e de alteridade com os ciganos, e que estes também tenham os mesmos valores de respeito e compreensão com os não-ciganos.
Posteriormente, passamos a palavra à diretora Graciete Oliveira Silva Tínel que parabenizou alunos e professores responsáveis pela execução do projeto, destacando também que o desafio do século XXI é o respeito às diferenças em detrimento de posturas e ações excludentes e discriminatórias. E que o colégio Felicidade tem orgulho de alunos de etnias distintas, mas que temos que saber conviver com eles, os ciganos em especial, trocando experiências , abandonando visões folclorizadas e distorcidas.
Finalizando o projeto “Ciganos: sujeitos de direito”, entregamos os certificados de participação ao alunos cursistas e realizamos uma confraternização com doces e salgados, tendo como trilha sonora músicas ciganas e a exibição dos slides apresentados na mesa redonda pelo professor Aderino Dourado “Ciganos e suas representações”, em substituição à dança cigana, uma vez que as meninas que viriam fazer a apresentação tinham compromisso em suas escolas no turno matutino.


Profª Cris Procópio entregando certificado ao aluno Alex Alves.

 
Profª Patrícia entregando certificado a aluna Ana Paula.

 
Profª Derailde entregando certificado ao aluno Rabib

Diretora Graciete entregando certificado ao aluno Állisson.

 
Profª Laudicéia entregando certificado a aluna Riane.

 
Registro da culminância.

 
No entanto, o projeto foi excelente, percebemos o interesse significativo dos cursistas, a disponibilidade dos palestrantes em contribuir para o nosso trabalho e, essencialmente, a vontade de nós professores de que tudo desse certo, ainda que tenham ocorrido alguns problemas ligados a falta de responsabilidade e envolvimento, conseguimos contornar tendo sempre um plano B. Não podemos deixar de agradecer o nosso querido professor Tiago Silva, pois além de atuar como palestrante nos auxiliou na organização do trabalho e no contato com os ciganos do bairro da Catuaba, estendemos os agradecimentos a Professora Miriam Geonice, que além de palestrante nos ajudou na aquisição de materiais, textos e vídeos sobre os ciganos, mostrando-se solícita quando precisássemos e a Aderino Dourado, que enquanto cigano facilitou nossa atuação na entrevista à sua comunidade e serve de exemplo para ciganos e não ciganos, pois é um representante acadêmico da etnia cigana demonstrando a possibilidade de galgar patamares mais elevados profissionalmente. Uma vez que ele enquanto professor e historiador cigano é um exemplo para seus pares.


Agradecemos ao corpo diretivo do colégio Felicidade, nas pessoas de Graciete Oliveira e Normacélia Ribeiro, por comprar nossa idéia e viabilizar, na medida do possível, solicitações feitas pela equipe organizadora do projeto.


Todas nós professoras idealizadoras desta proposta estamos de parabéns, em especial Laudicéia, Derailde, Cristiane, Patrícia e Rosane que fizeram acontecer. As professoras Ivone e Rita, em função de outras atribuições fizeram atividades de sensibilização no turno noturno com turmas de Educação de Jovens e Adultos.


Derailde, Graciete, Normacélia, Laudicéia,Tiago, Patrícia, Cristiane e Rosane.

 
Pretendemos dar continuidade no ano de 2011 ao projeto estendendo para os outros turnos e turmas para que as discussões não sejam esporádicas, mas efetivas, haja vista que convivemos com alunos ciganos o ano todo e afinal eles são sujeitos de direito.

Confiram o vídeo do nosso projeto e ação 
 

 

Parabéns a todos os envolvidos: professores (Derailde, Cristiane, Laudicéia, Patrícia e Rosane) alunos ciganos (Rabib, Leandro, Luan, Luana e Pedro) e não-ciganos, palestrantes e a comunidade cigana do bairro da Catuaba(especialmente o Sr. Zelito, Sra Ceílde e o Profº Aderino Dourado).

É O COLÉGIO FELICIDADE FAZENDO A DIFERENÇA!!